De acordo com o cirurgião plástico Antonio Graziosi, aumenta expressivamente a procura pela cirurgia plástica no inverno. Acostumado a responder as principais dúvidas dos pacientes, ele esclarece em um questionário as principais preocupações de quem vai passar por uma intervenção estética
A temperatura esfria, chegamos no outono e logo vem o inverno, melhor época para a realização de uma cirurgia plástica, por conta dos cuidados com o pós-operatório no sol. Muitas dúvidas surgem para quem quer se submeter a uma intervenção.
Para ajudar, o cirurgião plástico Antonio Graziosi, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional SP e membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery vai tirar as principais dúvidas para os melhores benefícios da cirurgia plástica.
O primeiro passo é se informar sobre cirurgia plástica. Com médicos de confiança, amigos, ler sobre o tema, enfim, tomar referências e verificar se é credenciado ou não pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É preciso checar o tempo de profissão do cirurgião plástico, obter informações de conhecidos que já se consultaram com ele, saber como desenvolveu a sua trajetória na profissão.
Não existe uma formação específica na cirurgia plástica estética que prepare o cirurgião plástico para operar alguma região do corpo em especial. O que existe são alguns profissionais que acabam operando mais vezes determinada região do corpo. Já na cirurgia reparadora, é possível especializar-se em microcirurgia, cirurgia craniofacial, queimados, etc.
Só o especialista pode determinar se a cirurgia plástica é a solução mais adequada. A partir de uma conversa com o paciente, é possível descobrir qual a sua expectativa. Às vezes, a indicação é de cirurgia, mas o paciente acha uma intervenção muito radical. Outras, ele chega ao consultório querendo a cirurgia, mas é possível tratar a área apenas com procedimentos menos invasivos.
A lipoaspiração nunca foi uma cirurgia para emagrecer. A lipoaspiração é uma intervenção que retira gordura localizada em algumas regiões a fim de modelar o contorno corporal.
Depois que as mamas estiverem formadas, o que costuma ocorrer entre 18 e 20 anos. A exceção acontece quando existe alguma má formação congênita.
Na hipoplasia, quando é possível preencher a área com gordura do corpo da paciente ou com o implante da prótese.
Até dois meses após a cirurgia não é permitido a realização de exercícios físicos, mas depois a paciente é liberada para realizar qualquer tipo de exercício. O único procedimento a ser evitado é o da injeção, que pode vir a perfurar a prótese.
Não existe uma idade determinada, mas em geral a partir dos 40 anos. Porém, há casos em que é possível detectar flacidez cutânea e rugas antes mesmo dos 40, onde há indicação de cirurgia. Outras vezes, mulheres acima dos 50 anos têm preservadas características de elasticidade da pele em que o lifting não é indicado.
Nada, nem a cirurgia plástica, têm um efeito definitivo sobre a pele, já que é impossível parar o envelhecimento. As intervenções não cirúrgicas como botox, preenchimentos e lasers podem ter uma ação isolada ou podem ser complementares à cirurgia plástica, inclusive, ocorrendo ao mesmo tempo em que a cirurgia, como é o caso do enxerto de gordura.
O pré-operatório difere quanto ao tipo de cirurgia e quanto à história clínica do paciente. Mas, basicamente, são necessários exames de sangue e cardiológicos. No caso do implante mamário, por exemplo, solicita-se uma mamografia.
Cardíaco e de sangue, como o de coagulação, sódio, potássio, creatinina, ureia. É imprescindível que seja avaliado o histórico clínico de cada paciente.
Basicamente os anticoagulantes como a aspirina e o fitoterápico ginkobiloba. Já quando o paciente tem propensão para a formação de coágulos, a indicação médica é a contrária.
Depende do tipo de intervenção, mas em geral, a cirurgia plástica não provoca dor. No caso dos implantes mamários e de glúteos, por exemplo, o pós-operatório pode ser dolorido e no caso de liftings e da abdominoplastia pode ocorrer a limitação de movimentos.
Sim, porque quando há a intervenção cirúrgica, geralmente, ocorre extravasamento de sangue para os tecidos subjacentes e o pigmento das hemáceas, a globina, pode modificar-se com a ação do sol para um pigmento definitivo, a hemossederina.
Cientificamente, não existe um limite. Vale o bom senso e a avaliação pelo médico da área a ser tratada.